Pesquisa

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O mundo dos líquenes

Que boa forma de assinalar o Dia da Terra!
Hoje tivemos na nossa sala uma bióloga especialista em líquenes, Joana Marques,  que nos vai acompanhar neste projeto, ajudando-nos a conhecer o melhor possível estas espécies.
Já sabíamos algumas coisas mas recebemos imensa informação!
Ficamos a saber que são uns organismos ainda pouco estudados. Conhecem-se poucos nomes comuns, sendo identificados essencialmente pelo nome científico. Estima-se que existam no mundo 20 000 espécies de líquenes, 3 000 destas na Península  Ibérica e 2 000 em Portugal Continental. Há ainda poucos dados relativamente à África, Ásia e América do Sul.
Preferem zonas com humidade, mas podem também surgir no deserto!
Podem aparecer em árvores, rochas, carapaças de animais mortos, pedaços de matéria orgânica, nos rios (água doce), nas dunas de areia,  e nos rochedos que não ficam submersos pelas águas do mar.
Há casos de exceção de líquenes que podem durar 300 anos mas o habitual é viverem aproximadamente 50 anos. Crescem por ano 2 a 3 milímetros apenas! Podemos fazer esta confirmação se durante alguns anos medirmos do centro ao limite exterior, comparando valores...
Há líquenes de várias cores, dependendo das algas que os constituem, da hidratação e da exposição solar: verdes, acinzentados, laranja, verdes amarelados e até cor de rosa!
Confirmamos que o líquene é um fungo e que se alimenta através das algas que o compõem. 
Reproduzem-se da mesma forma que os cogumelos e ainda não é possível cultivá-los....
Descobrimos que têm algumas utilizações! Servem de tintureiros para lãs, servem para fins medicinais e podem ser reduzidos a pó e utilizados no fabrico de bolos e chocolate (têm um sabor amargo mas funcionam dando consistência aos produtos). Há um sabonete fabricado por uma fábrica portuguesa que tem na sua composição o "musgo real" (Evernia furfuracea)! 
São importantes num ecossistema porque absorvem a água quando chove, mantendo a humidade e prevenindo incêndios, também. Além disso, uma das algas que constituem alguns líquenes (Lobaria scrobiculata), as algas azuis, enriquecem o solo pois produzem compostos com azoto, nutrientes que as plantas não conseguem produzir. 
Durante esta atividade pudemos observar e fotografar exemplos e fizemos uma experiência. Nela pudemos saber que podemos ver qual a alga que compõe um líquene hidratando-o e vendo a sua mudança de cor e constatamos o cheiro a mar, a peixe, depois de hidratada.
Depois de saber que os líquenes são tão variados, vamos ter que decidir se os trabalhamos em geral ou se exploramos apenas uma espécie... O desafio é procurar líquenes, fotografá-los, obter a máxima informação possível, trabalho a fazer também em família (trabalho de casa de fim de semana!). 
Vamos ter muito trabalho pela frente!









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