Contou-nos que naquele tempo pescavam no rio bogas e enguias que serviam depois para comerem.
Contou-nos ainda que foi muitas vezes ao rio buscar areia para fazer obras em casa. Naquele tempo isso era o normal.
Perguntamos-lhe se ela aprendeu a nadar no rio e ela disse que sim. Disse que usavam uma roupa velha e que se mudavam no moinho de Areias.
Mas a parte mais importante desta conversa foi a apresentação da história do linho. Toda a vida ela cultivou e trabalhou o linho e em 2005 começou um trabalho de registo com fotografias de todas as suas fases, desde a plantação à tecelagem. Vimos um álbum com fotografias das atividades, acompanhadas de quadras feitas por ela. Aparecem muitas fotografias em que as mulheres lavavam o linho no rio, metidas na água até aos joelhos.
A Sra Maria disse que tinha muita pena que todos os nossos moinhos estivessem abandonados, a cair! Era bom se nós pudéssemos convencer alguém a reconstruir um!...
Gostamos muito desta visita pois ficamos a conhecer melhor a história do nosso rio através de alguém que, na nossa idade, todos os dias tinha contacto com ele por alguma razão.

Fica aqui a letra da canção e o link para o filme...
Filme: Aldeia da roupa branca
Aldeia da roupa branca
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.
Roupa no monte a corar
Vê lá bem tão branca e leve
Dá ideia a quem olhar
Vê lá bem que caiu neve
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Ver a aldeia, traz à ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.(bis 2x)
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.
Olha ali um enxoval,
Vê lá bem, nas urzes brancas
Parece um monte, um pombal
Vê lá bem, de pombas brancas
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.(bis 2x)
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.
Um lençol de pano cru,
Vê lá bem tão lavadinho,
Dormimos nele, eu e tu,
Vê lá bem, ficou de linho.
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Ver a aldeia, traz à ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.(bis 2x)
Valeu a pena, meninos!
ResponderEliminarAprenderam bastante sobre o linho, o rio, as quadras da Sra. Maria e muito mais! Estou realmente contente com o vosso empenho!